Bares e restaurantes esperam ter faturamento maior no fim do ano
Expectativa é de melhora no movimento com as confraternizações de final de ano
Pesquisa nacional da Abrasel mostra que no recorte local, no Amapá 14% do setor de alimentação fora do lar trabalhou com prejuízo em outubro - foram ouvidos milhares de empreendedores. Mesmo assim o quadro é de otimismo para 75% dos entrevistados, segundo a pesquisa, três em cada quatro esperam ter aumento de faturamento em dezembro. 14% trabalharam com prejuízos no mês de outubro, índice um pouco maior em relação à pesquisa anterior - eram 11% em setembro. Outros 23% tiveram lucro e 62% ficaram em equilíbrio. Para 61% o faturamento de outubro de 2023 foi maior que o faturamento de outubro de 2022. Para 31% foi menor e 8% consideraram igual a outubro de 2022. Para 45% o faturamento de outubro de 2023 foi maior queno faturamento de setembro de 2023. 25% consideram menor que setembro de 2023 e para 30% foi igual.
Em relação ao faturamento, a pesquisa revela que para 41% dos entrevistados, o faturamento de outubro de 2023 foi maior que o faturamento de outubro de 2022. Para 39% foi menor e 19% consideraram igual ao mesmo período do ano passado. Já na comparação com setembro de 2023, para 39% dos empresários, o faturamento de outubro foi maior. Para 32% foi menor e para 28% foi igual.
A pesquisa também abordou a questão do pagamento do 13º salário dos funcionários. A preocupação é de que 28% dos bares e restaurantes irá pagar o salário extra com dificuldades, ou em duas parcelas (40%) ou em parcela única (15%). 55% não terão dificuldades para pagar o 13º no prazo.
“O quadro neste segundo semestre foi de resiliência e força do setor que mais emprega no Amapá, mesmo com quase um quarto das empresas ainda com muita dificuldade. Nossa expectativa é que o final do ano, com festas e confraternizações, ajude a melhorar esta situação. Vale pontuar que, apesar das dívidas e das dificuldades, a maioria irá pagar o décimo-terceiro em dia. É uma característica das empresas do setor: sempre priorizar o pagamento e o cuidado com os funcionários”, explica Yukio Nagano, presidente da Abrasel no Amapá.
O endividamento do setor ainda também é uma preocupação. Segundo a pesquisa, 43% dos estabelecimentos dizem ter dívidas em atraso. Dentre esses, 63% acumulam débitos relacionados a impostos federais, 50% impostos estaduais, 43% serviços públicos, 33% encargos trabalhistas e 37% devem taxas municipais.